Descrição resumida:
Dentro de um contexto onde o crime organizado ignora as fronteiras dos Estados e a soberania nacional, é indispensável ter uma aproximação global da luta contra crimes e de reforçar a cooperação internacional, em particular entre autoridades judiciárias e repressivas.
É importante que um país tenha um papel ativo no seio das organizações multilaterais tratando destas questões, sempre sem perder de vista a coerência e a eficácia.
Com vocação transnacional o crime organizado cobre todos os grandes tráficos: drogas, seres humanos, migrantes, armas, automóveis roubados, remédios contrafeitos.
A corrupção e a lavagem de dinheiro são as consequências, tanto quanto as condições de existência. Com o crescimento da mobilidade das pessoas, dos bens e dos capitais, estes crimes evoluíram consideravelmente e se apoiam sobre as novas tecnologias, não somente para fins de lavagem de dinheiro, mas igualmente para perfeccionar suas atividades e criar novas.
A presente descrição almeja expor uma reflexão sobre as novas formas de poder dos dias atuais (resultado do avanço tecnológico e do surgimento de uma “Nova Ordem Mundial Multipolar”). O Poder Relativo (outra forma de poder que não é o Estado, por exemplo: Movimentos Sociais não legítimos) e o Poder Suave (a força da persuasão e do conflito psicopolítico). Tais influencias destes poderes, resultam em: soberanias de países compartilhadas, instituições enfraquecidas e liberdades individuais ameaçadas pela violência das “Guerras Assimétricas”. Em razão disso, a atual preocupação pretende investigar à luz das teorias de MAÍM, MACMILAN, CEPIK e SOARES; meios legítimos através da Inteligência de Estado para suprimir guerrilhas do tipo “espectro total” crescentes na América Latina e alimentadas por pseud. ideologias regionais. Apenas há uma maneira de vencer a “Guerra Assimétrica”, neutralizar os ataques dos inimigos: é por meio de ações coerentes, legais, apoiadas por agências governamentais sólidas e aliados internacionais que se consegue resultados positivos. Além da indispensável boa vontade política (desenvolvimento social e econômico) e diplomacia; também a cooperação multinstitucional em defesa, em inteligência e na polícia. Os meios de comunicação são importantíssimos para o enfrentamento nas “batalhas de ideias” (guerra psicopolítica) quanto mais legalidade e legitimidade ao ato, melhor serão os resultados alcançados em combate às guerrilhas.
O poder relativo e o poder suave com valor subversivo somente poderão ser freados com atividades de Contra- inteligência dentro da Tríade da Inteligência (sigilo, legalidade e ética) que é garantia de eficiência, de responsabilidade e de sucesso nos resultados. Contra a “guerra assimétrica” a atividade de Inteligência do país deve ser intensificada e as Operações de Inteligência deverão desempenhar funções como: localizar, desarticular, capturar, as redes de agentes estrangeiros que operam em parceria com grupos políticos e sociais violentos. Atualmente, as operações especiais contra insurgência são baseadas na coleta de inteligência e atividades de contra insurgência (ou Operações de baixa visibilidade), para conter piores consequências das guerras de guerrilhas. Em suma: o perfil da “guerra de guerrilhas ou guerra de quarta geração (cuja meta é desconstruir soberanias)” é do tipo “espectro total”, cujas armas podem ser digitais ou físicas; os combatentes podem ser civis e coordenados; uma novidade do nosso tempo é a intensificação dos métodos psicológicos e neurocientíficos nas “batalhas”, tornando-as mais elaboradas e complexas.